Participei hoje de manhã de duas palestras no Simpósio de Filosofia da Religião, Ontologia e Epistemologia - Diálogo com Alvin Plantinga: E como me comprometi vai aqui algumas considerações iniciais:
1- O que me impressionou: Alvin Plantinga me impressionou. Não tanto a cara feliz e o aspecto gentil do velho, que me lembrou muito de Gandalf, o branco, inclusive o olhar penetrante que demonstra inteligência (por aqui dá pra notar que eu sentei bem em frente dele, na primeira fileira). Nem tão pouco pelo jeito de se vestir ou pelas contínuas brincadeiras e piadinhas que quebravam a monotonia de sua voz grave. Mas sim a simpatia e simplicidade dele. A palestra durou pouco menos de 1h, e se considerarmos o tempo perdido pelo tradutor, ele não é (ou não foi) prolixo. Sua abordagem foi simples e direta, excelentemente afirmou que nem na ciência Newtoniana e seu mecanicismo e nem a moderna física quântica e os “princípios da incerteza”, o que chamou de antiga escola e nova escola, respectivamente, há razões que impossibilitem a expectativa (crença, como algo plausível e racional) de um Deus que intervém. Em outras palavras, não há real incompatibilidade entre Fé e Ciência.
2- O que me entristeceu: A barreira da língua foi cruel. Não falo inglês, minha compreensão é limitadíssima, e o tradutor presente não ajudou em quase nada. Mas ir as palestras não foi tempo perdido. Primeiro que me deu mais um incentivo para o estudo da língua estrangeira, coisa que já estou providenciando solução (em menos de um mês deveremos, eu e minha esposa, começar um curso de idiomas). Segundo porque praticamente todo o discurso de A. Plantinga estava escrito e alguém se deu o trabalho de traduzir, essa tradução foi disponibilizada no telão, assim consegui acompanhar praticamente tudo o que ele disse.
3- O que não me surpreendeu: a falta de rigor e lógica é um mal que realmente atinge a academia atual. No fim da primeira palestra algumas perguntas foram feias por alunos de filosofia – que lástimas! Não passou de uma tentativa de tabular uma opinião (coisa que não estava sendo oferecida aos ouvintes) que em geral não passava pelo escrutínio de um bom pressuposto, quando não era apenas para impressionar, por uma pretensa capacidade de si dirigir diretamente ao palestrante em um inglês – “macarrônico”, diga-se de passagem.
Eu não irei hoje à tarde às palestras, por uma série de pequenos problemas (vou citar apenas 3: a distância da minha rota; a agenda apertada; e a forte dor de dente), amanhã estarei novamente lá pela manhã se Deus permitir. Provavelmente vou conseguir os textos das palestras e se o Senhor me der graça, postarei algo sobre os assuntos.
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