quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Um ótimo projeto para vc em 2012!!!

Você pode não saber, mas infelizmente a maioria das versões em português da Bíblia tem direitos autorais, e é proibida por lei a reprodução de uma quantidade maior que 500 versículos sem autorização da editora que possui os “direitos” de determinada tradução. Ou seja, você não pode, por exemplo, imprimir exemplares da Bíblia e sair distribuindo por aí.

Isso é um problema no Brasil (diferente de outros países), pois aqui não há sequer uma versão da Bíblia em uma linguagem atualizada que seja livre, isto é, que possa ser distribuída, baixada, impressa, citada, etc, sem restrições. As únicas versões livres que existem possuem uma linguagem antiquada e até difícil para o leitor moderno.

Felizmente algumas iniciativas têm surgido com o intuito de produzir versões livres e atualizadas das Escrituras. Uma delas é a Bíblia Livre.

Conforme os próprios responsáveis:

A Bíblia Livre (BLIVRE) é um projeto para fornecer a qualquer pessoa uma tradução da Bíblia Sagrada de forma gratuita. Ou seja, você pode copiar em seu computador, imprimir, redistribuir para outras pessoas, utilizar de forma integral ou parcial, inclusive em materiais com fins lucrativos.

A produção de obras derivadas também é permitida.

O projeto ainda está em andamento, mas o Novo Testamento já está pronto, bem como vários livros do Antigo.

Veja mais informações nos seguintes links:

Ler a Bíblia Livre
Fazer download dos arquivos da Bíblia Livre
Quais são os textos-base da Bíblia Livre?
Quem está traduzindo a Bíblia Livre?
Como posso ajudar a Bíblia Livre?
Quando a Bíblia Livre vai estar pronta?
Entrar em contato com o projeto Bíblia Livre

É importante salientar que nós não temos nenhuma relação direta com este projeto, apenas estamos noticiando-o porque achamos uma iniciativa muito boa e que merece ser divulgada e apoiada.

E os irmãos que desejarem auxiliar nesse trabalho podem entrar em contato diretamente com os responsáveis.
_______________________________
Originalmente postado em Internautas Cristãos

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

O meu Natal!

A despeito de toda a tolice, futilidade, esperteza e ganância (associadas a essa data), o Natal (digo do dia 25 de dezembro, dos enfeites e da celebração, a "festa cristã" que John Lennon cantava) é uma das datas mais significativa para mim. Não tanto porque o sentimento de amor se espalha (ele se espalha - podemos até discutir o que é esse amor), ou pelo fato de termos uma tendência a - nessa data, e por causa dela - revermos (e reforçarmos) os laços familiares, nem mesmo é pela nostálgica “mágica” das noites de natal (“mágica” que em minha casa nunca esteve).

Gosto mesmo desse dia, porque mesmo errando a data, mesmo se esquecendo dO Fato, mesmo subvertendo o comemorado, a todos é re-anunciado ano após ano que Ele veio*!

Você pode não acreditar, mas nunca poderá dizer: "eu nunca ouvi falar".
_____________________
*para mim um anuncio de vida e paz, e para vc?

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Justa'posição!

Em todos nós há um Jonas ou Jacó, um Elias, Pedro ou Tomé
Em alguns são mais forte o Jeremias, Oseias ou André
Outros tantos são mais à Arão, Miriam ou Sansão
Pouco são David, Moisés e Abraão
Mais raro ainda Daniel, Esdras e Neemias
Paulo ou Silas, Abel, então que teria?

Talvez porque todos esses, assim como nós
São mesmo um só, Adão!
Livre pra ser escravos
Ao tomar do presente, o proibido
Seduzidos pela beleza
Que foi enganada pelo Dragão

Mas o Homem, o Verdadeiro, Único
O Varão de Guerra, o Companheiro
Lavou a mácula maldita
Ser nada mais que Judas, aquele amigo que traía
Através da morte que gera vida
Do outro Adão, que também é Melquisedeque
O Cordeiro que também é o Leão

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Você pode salvar a minha vida!

Acho que nessa vida (meu 32 anos) eu já fui chamado de tudo, inclusive de santo (em vários – e contrários – sentidos). Até já publiquei um buzz sobre isso. Na ocasião eu dizia: "Rótulos são mesmo engraçados, já fui chamado de liberal moderninho, pentecostal irritante, puritano intragável e agora supralapsariano determinista radical... hehehe, eu devo ser mesmo, Esli, o herege!", me referindo ao burburinho criado com algumas de minhas posições teológicas. Mas há um tempo o Leo e o Bob (dois amigos da internet) tem me chamado de carente, o que, em termos, é verdade (mas só para deixar claro, isso é um coisa que eu encaro como piada, algo muito comum entre nós – embora isso possa ser uma armas contra mim, vai saber?!). 

Só que no presente momento estou morando na minha cidade natal, perto dos familiares e realmente não estou sentindo nenhuma falta emocional, diferentemente de 2008 quando mudei-me para o interior goiano, a mais de 500 km de distância de parte dos meus familiares; e também de 2009 e 2010 em que mesmo morando e trabalhando em Brasília,  sofri com o descaso de 'amigos' que havia cativado no ano em que morei no interior goiano.  

De fato, não é nenhum problema – claro, quem me conhece sabe! – mas essa variação de qualitativos demonstra como somos falhos em avaliar caráter, condição emocional e situação de vida das pessoas, o que também é normal. E por isso mesmo, confesso, que em alguma medida tais afirmações (brincadeiras, ou não) me fazem refletir.

Recentemente tive uma surpresa desagradável (como poucas nos meus 32 anos), não tanto pela decepção – (mais uma vez...) quem me conhece sabe, eu realmente não sou do tipo que conta com (embora espere) o melhor das pessoas – mas pela a forma com tudo aconteceu.

Não gosto de ser enganado, nem mesmo de brincadeira, e embora pareça arrogância minha, não é algo fácil (pelo menos não tenho provas disso – talvez, outra arma contra mim). Parte do problema residiu na incapacidade que certo grupo teve de ser sincero comigo, exatamente por me imaginarem assim um tanto carente, coisa que não se aplicava (pelo menos) em relação ao grupo e as atividades que desenvolvíamos juntos. Tudo pareceu-me tão insólito, fiquei me perguntando se tenho transmitido a imagem de que estou passando por grandes problemas, se tenho dado a impressão de coitado, incapaz. Foi realmente frustrante.

Pois bem amigos (ou apenas colegas, ou conhecidos – e vocês também desafetos, inimigos ou desconhecidos), eu tenho dado a impressão de que me sinto um fracasso? Seja sincero! Pode ter certeza, eu não vou me sentir mal com suas palavras. Responda-me peço, que sentimento eu tenho despertado em você sobre mim? Qual imagem você faz de mim? Pelo que eu digo, escrevo, curto ou observo, quem você acha que eu sou?

Não se preocupe não é nenhuma crise de meia idade, até porque estou longe dela (eu acho... é quanto mesmo?!), também não estou procurando um modo de limar certas amizades ou um jeito de avaliar quem é você (embora eu faça isso em tudo o que vejo de você). Enfim esse é um espaço livre para você falar de mim, sem medo, dúvida ou constrangimento. Cuidado apenas para não se expor você, ou outro, ao ridículo ou ainda confessar aqui algo do que irá se arrepender.

Sinceramente acredito que não dará muito (na verdade, nenhum) resultado (acho que ninguém terá tempo para gastar com isso – talvez a 3ª arma que estou dando contra mim), mas pelo menos ninguém poderá dizer que eu não dei a oportunidade para falarem de mim para mim, porque já me disseram que eu (logo eu...) não ouvi o conselho que me deram.
___________________________
O título foi apenas um jeito de chamar sua atenção.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Beleza Concreta

A verdade concreta, um poema concreto
Uma concreta resposta, ao concreto Pecado
Concreto? Meu fardo, duro, pesado, apertado
Eu? Esmigalhado, quebrado, roto e desesperado

Mas Ele morto, esmagado, moído, amaldiçoado
Por meu pecado, me deu perdão
Ao me lembrar dessa proposta
Meu coração se enche não mais concreta adoração.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Inexorável

De um lado o Sol se põe
Do outro lado ele nascerá
O vento forte que agita o mar
É o mesmo que faz um barco velejar

Brisas suaves escondem furacões
A calmaria é a pior prisão
O tempo passa!
O passa-tempo tem em si mesmo uma contradição

Mesmas canções, os mesmos versos, mesmos refrões
Velhos amigos, velhas ilusões
Não faz sentido só nós mesmos somos mesmo iguais
Velhos caminhos em novas histórias
Somos o mesmo, mesmo desiguais

Andorinhas não trazem o verão
A meia-noite não faz o amanhecer
O Bem não vem do seu coração
Mas você pode deixa-lo entrar

Quando

Quando você chegar a esquina
Lembre-se das avenidas que você cruzou
Das hora intermináveis no trânsito lento da sua vida

Quando você virar a última
Página da sua história,
Não pense você é apenas mais um capítulo

Quando inverno então chegar
E o sol não mais brilhar
Espero que você tenha alguém para te aquecer

Quando luz então faltar
E o Céu você não ver
Não perca as esperanças, Ele fez tudo por você

Quando as verdade são mentiras,
E sua força é da fraqueza de alguém
Talvez, para você, ao menos dessa vez, fugir seja a melhor saída

Quando a noite enfim chegar
E a dor então chamar
Eu quero pra você um melhor amigo

Quando acaso te faltar mais uma vez o chão
Venha pode entrar aqui há um abrigo:

- É primavera, vem não espera o “sol bater na janela do seu quarto”
Não deixe o tempo passar, aproveite os anos bons
Mas por favor, não esqueça do seu Criador.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O Transcendente: A razão do meu desespero!


Ele é assustadoramente bom
Terrivelmente amoroso
Poderosamente manso
Dominadoramente gentil
Fulminantemente perdoador
Aterradoramente santo
Majestaticamente humilde
Afligidoramente dadivoso
Esmagadoramente curador

Não há possibilidade de conhecê-lo e não amá-lo
Amá-lo e não adorá-lo
Adorá-lo e não obedecê-lo
Obedecê-lo e não servi-lo
Servi-lo e não viver
Viver e não buscá-lo
Buscá-lo e não encontrar
Encontrar-se e não se desesperar.

Ai de mim! Estou perdido! 
Porque sou homem de lábios impuros 
Habito no meio de um povo de impuros lábios, 
E os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos
Pois eu li os seus decretos, 
E contemplei as suas palavras.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O terrível juízo de Deus!

A passagem do Evangelho segundo João, cap 8;3 a 11, não mostra Jesus dizendo à mulher que ela não pecou, nem mesmo que os acusadores dela eram cruéis e pecadores, por quanto a acusavam de adultério. Cristo também não perdoou aquela mulher porque havia (eventualmente) falhas no processo de acusação, ou tão pouco por falta de provas. 

Também não é correto imaginar que a não condenação foi causada por ser Cristo sabedor do tamanho da pecaminosa humana e ao considerar o insignificante (ou quem sabe apenas comum) pecado (de adultério), concluí não ser justo punir a adúltera visto que a triste condição da humanida não podia (mesmo que apenas no momento) ser resolvida. Ou mesmo porque ele achava que a sentença era dura de mais. 

Cristo não inocentou a mulher e nem deu desculpas para seu pecado, não contemporizou ou contextualizou o caso. Não falou da carga emocional que essa mulher sofria; nem recorreu a uma sociedade dominadora e machista para lhe tirar a culpa. Não questionou a criação errada e a má educação dada por seus pais (líderes religiosos e escolas confessionais), nem mesmo à falta disso foi levantada! 

Cristo não buscou refúgio em nenhum dos artifícios que conhecemos: não disse que o problema dela era sociológico – ou quem sabe, psicológico – não lhe ofereceu conforto na negação de sua atitude repugnante, não minimizou sua má conduta pelas falhas do caráter do marido ou apenas culpou sua instabilidade emocional, e nem concluiu que a pobre mulher fora enganada por um amante espertalhão. 

Ele não deu um jeitinho para não parecer tão mal! Ele não se isentou da pecha de juiz e nem fugiu de dar uma opinião ou veredicto! E embora soubesse claramente da maligna intenção daquele grupo, não usou deste expediente para liberar a acusada. 

As palavras dele foram claras: “nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais”. Numa leitura mesmo que simples, se perceberá que o padrão de santidade exigido {por Deus} não mudou! Cristo declara aquela mulher como pecadora, e mais, pecadora da acusação levantada – ela era uma adúltera, ele sabia disso! Mas Cristo simplesmente não a condena. Não aplicar a pena que lhe era devida, pena justa – crime previsto e sentença acertada e conhecida. Não foi uma mudança de paradigma, nem mesmo um novo mandamento. Ele não burlou a Lei mosaica e nem se apoiu numa brecha legalista. 

Maravilhosamente, Cristo, teatraliza o perdão proposto pelo Pai ao enviar seu Filho à morte e morte de cruz. Em escala menor Cristo demonstra a clareza do seu oficio e a grandeza de seu trabalho. Cristo amavelmente lança sobre si a culpa dessa mulher, culpa essa real! Ele toma para si a maldição da morte e a justa exigência da Lei. Ele resolve livremente conceder, antecipadamente, preciosas gotas de seu sangue redentor, a essa adúltera. Num bendito escopo reduzido, mas não menos verdadeiro, do que ele fez por mim naquela Cruz! Cristo encenou ali de forma bem menos violenta o que estava disposta a fazer, por qualquer pecador que fosse (ou que for) levado à sua presença sem disfarce ou mascara que escondesse sua condição. 

Enfim, Cristo não é seduzido por nosso moralismo e nem constrangido pela nossa parca noção de justiça. Nem mesmo é subjugado por alguma façanha humana, e nem ele é oprimido pelos nossos pressupostos ou controlado pela nossa lógica. Cristo o Senhor, demonstrou nessa passagem misericórdia não por ela simplesmente, mas por nós. Ali, num profético ato, Ele nos declarou livres da morte e nos advertiu contra o pecado. 

Sejamos nós arautos dessa história! Não ofereçamos alivio ao pecador na diminuição da santidade exigida, nem falemos da isenção da culpa, pelo mimetismo sócio-político, ou da negação do pecado pelo fortalecimento psicológico, nem mesmo ignoremos o confronto do Cristo e sua Lei à nossa sociedade pecaminosa e diabolicamente doente, que em nome de um amor (ultrajante) a tudo permite. Anunciemos a cura e libertação o perdão proposto em Cristo Jesus, pois como nos foi dito: ele foi desprezado e rejeitado por todos nós, mas certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças, ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniqüidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados

Todos nós, tal qual ovelhas, nos desviamos, cada um de nós se voltou para o seu próprio caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele à iniqüidade de todos nós. Ele foi oprimido e afligido, contudo não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado para o matadouro, e como uma ovelha que diante de seus tosquiadores fica calada, ele não abriu a sua boca. Com julgamento opressivo ele foi levado, pois ele foi eliminado da terra dos viventes por causa da nossa transgressão. Contudo foi da vontade do Senhor esmagá-lo e fazê-lo sofrer, e, embora o Senhor faça da vida dele uma oferta pela nossa culpa, ele verá sua prole e prolongará seus dias, e a vontade do Senhor prosperará em sua mão, porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. (Is 53 e Jo 3;16 - NVI adaptada)

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Participe dessa enquete, votando em uma das alternativas no quadro ao lado.

Pra você, a Ciência não desmente a Bíblia, por que:
a- A Bíblia é a Verdade, a Ciência (com frequência) erra;
b- A Ciência desmente uma interpretação equivocada da Bíblia, e não a Verdade bíblica;
c- A Ciência e a Bíblia, não são forças concorrentes, elas "enxergam" de perspectivas diferentes;
d- Todas as alternativas anteriores;
e- Nenhuma das alternativas

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

AVISO AOS NAVEGANTES: Diálogo com Alvin Plantinga - Parte 1

Participei hoje de manhã de duas palestras no Simpósio de Filosofia da Religião, Ontologia e Epistemologia - Diálogo com Alvin Plantinga: E como me comprometi vai aqui algumas considerações iniciais:

1- O que me impressionou: Alvin Plantinga me impressionou. Não tanto a cara feliz e o aspecto gentil do velho, que me lembrou muito de Gandalf, o branco, inclusive o olhar penetrante que demonstra inteligência (por aqui dá pra notar que eu sentei bem em frente dele, na primeira fileira). Nem tão pouco pelo jeito de se vestir ou pelas contínuas brincadeiras e piadinhas que quebravam a monotonia de sua voz grave. Mas sim a simpatia e simplicidade dele. A palestra durou pouco menos de 1h, e se considerarmos o tempo perdido pelo tradutor, ele não é (ou não foi) prolixo. Sua abordagem foi simples e direta, excelentemente afirmou que nem na ciência Newtoniana e seu mecanicismo e nem a moderna física quântica e os “princípios da incerteza”, o que chamou de antiga escola e nova escola, respectivamente, há razões que impossibilitem a expectativa (crença, como algo plausível e racional) de um Deus que intervém. Em outras palavras, não há real incompatibilidade entre Fé e Ciência.

2- O que me entristeceu: A barreira da língua foi cruel. Não falo inglês, minha compreensão é limitadíssima, e o tradutor presente não ajudou em quase nada. Mas ir as palestras não foi tempo perdido. Primeiro que me deu mais um incentivo para o estudo da língua estrangeira, coisa que já estou providenciando solução (em menos de um mês deveremos, eu e minha esposa, começar um curso de idiomas). Segundo porque praticamente todo o discurso de A. Plantinga estava escrito e alguém se deu o trabalho de traduzir, essa tradução foi disponibilizada no telão, assim consegui acompanhar praticamente tudo o que ele disse. 

3- O que não me surpreendeu: a falta de rigor e lógica é um mal que realmente atinge a academia atual. No fim da primeira palestra algumas perguntas foram feias por alunos de filosofia – que lástimas! Não passou de uma tentativa de tabular uma opinião (coisa que não estava sendo oferecida aos ouvintes) que em geral não passava pelo escrutínio de um bom pressuposto, quando não era apenas para impressionar, por uma pretensa capacidade de si dirigir diretamente ao palestrante em um inglês – “macarrônico”, diga-se de passagem. 

Eu não irei hoje à tarde às palestras, por uma série de pequenos problemas (vou citar apenas 3: a distância da minha rota; a agenda apertada; e a forte dor de dente), amanhã estarei novamente lá pela manhã se Deus permitir. Provavelmente vou conseguir os textos das palestras e se o Senhor me der graça, postarei algo sobre os assuntos.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Sola Omni Scripturae!

Jesus era tão revolucionário, tão polêmico, tão inovador, tão despreocupado com tradições, legalismo ou costumes que a única razão para ele não ter comissionado mulheres para serem apóstolas, é o simples fato de não querer mulheres na liderança da Sua Igreja. Daí estou absolutamente certo que ainda hoje ele não o quer (afinal seria estranho  pra dizer o mínimo  um Deus imutável mudar de opinião). Por isso sou contra a ordenação de mulheres como pastoras, líderes, apóstolas ou episcopisas (para quem não sabe, a forma correta de dizer "bispa").


Você pode achar isso um modo muito pequeno de enxergar o cristianismo e dizer: nós temos que nos adequar aos novos tempos; ou, pode simplesmente  não se preocupar com "coisas secundárias": há muitos para evangelizar; não tenho tempo para teologia! Tudo bem, fique a vontade, você é livre! Eu ao contrário sou escravo e mesmo estando consciente da minha incapacidade de seguir o Caminho, eu luto para conseguir. 

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Pare, leia e ore!

Esse é o primeiro post abertamente político que exponho aqui. Não que eu ache a temática  irrelevante ou mesmo profana, não é! Acho mesmo que precisamos falar de tudo e retomar o controle da sociedade (não para Cristo, pois ele sempre está no controle e exatamente por isso a Igreja, corpo de Cristo, vai se manifestar e impedir - de alguma forma - essa completa insanidade). Assim reproduzo abaixo o texto de um amigo que sintetiza a forma como devemos pensar (eu bem poderia trazer muitos outros textos de muitos outros amigos, mas esse foi certeiro, simples e até poético), por isso leia, pense e ore!


Do hospício e dos céus para moluscos (por Roberto Vargas Jr.)



Já faz tempo que nosso mais famoso molusco tem dado mostras de sua loucura crescente em sua síndrome messiânica.

Não é só que ele traz as boas novas em estandartes vermelhos, mas nele se apresentam a salvação e a onipotência. “Sem mim nada podeis fazer”, por certo ele sabe! Por sinal dos tempos tem ele dividido a história humana em AL/DL. Nada mais conveniente ao local próprio aos deuses deste século.
Não tenho, entretanto, lá muita esperança que um hospício seja enfim sua casa. Pois este século é mesmo tão louco quanto ele e talvez o mundo todo e não edifícios seja este local apropriado.
E assim o messias dos mares vem declarando seu evangelho em seu tempo, sem temer o Messias Eterno:
Bobagem, essa coisa que inventaram que os pobres vão ganhar o reino dos céus. Nós queremos o reino agora, aqui na Terra. Para nós inventaram um slogan que tudo tá no futuro. É mais fácil um camelo passar no fundo de uma agulha do que um rico ir para o céu. O rico já está no céu, aqui. Porque um cara que levanta de manhã todo o dia, come do bom e do melhor, viaja para onde quer, janta do bom e do melhor, passeia, esse já está no céu.
Ler não leu, pois apenas dorme sob os encantos de seu druida desafinado que insiste em fingir que também escreve, mas aprendeu bem as lições de seu escriba-mor. Em tempos de verdades, esconde a Verdade para afirmar a verdade soteriológica em termos de comida, bebida e, vejam só, passeios… Seja como for, a história em termos do que se tem…

Certamente vive ele próprio no céu que concebeu. Sim, também nasceu e sofreu. Mas fez melhor e subiu aos céus sem precisar ser crucificado. Agora se assenta, não à direita, mas em seu próprio trono majestoso a declarar justos e injustos.

É bom aproveitar seu trono neste hospício. Pois, a menos que se arrependa, este será o único céu que conhecerá!

SDG!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

A Reposta: dolorosa Resposta pra mim

Dias atrás, ao ler um excelente texto do Roberto Vargas, escrevi essas poesia, que agora compartilho aqui:

A Reposta: dolorosa Resposta pra mim

Quando o fim é o começo
E o meio a cessação
A tristeza é um canto de alegria
Como já naquela tortura se anuncia

A derrota, em vitória se traduzira
Ao rasgar a Paz ...temos paz!
E algo mais, bem alem, sumo bem
Bem maior que meu pesar

O que dizer, o que cantar?
Muito aquém é o q se pode falar
Que o silêncio mais alto gritará
Aos ouvidos dos conseguem ler

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Uma breve explicação.

A (minha) angústia (talvez percebida no texto anterior) tem em parte sua razão no fato de eu não estar conseguindo escrever sobre esses e tantos outros assuntos. Eu não sou uma ilha e nem sou insensível, tudo que escrevo, ou penso, ou mesmo falo, cada decisão que tomo, cada caminho que sigo, é uma interação de dor, suor, lágrimas, dúvidas e certezas, mesmo que pareçam surgir da mais completa ociosidade, ou (se vc preferir) da mais convicta esperança.

Assim essas palavras não são necessariamente coisas que vivo ou sofro, mas temas que de uma forma ou outra me atormentam, isso é, sei que devo me pronunciar, afinal esse é o meu trabalho, mas confesso que não estou conseguindo, por isso (em parte) o pedido de oração!

Por fim, eu escrevi essas linhas como notas pessoais e resolvi postá-las, dentre outras razões, como um desafio pessoa testemunhado e como um incentivo (e um pedido de paciência) aos se incomodarem a ler esse blog.

Certas Palavras: o que está dentro de mim.

Algumas linhas de alguns textos que preciso terminar de escrever, por favor me ajudem orando por mim.

Prosaica doxologia paradoxal (uma poesia)
“(...) Junto as peças para refazer aquilo que eu já sou”

O Sagrado ministério:
Digo (também) por mim: A correria do dia-a-dia, não só mina nossas forças, como também drena nossa vontade e consome a criatividade (centelha divina - alguém definiria) tão necessária para o ministério pastoral; não é por outro motivo que há uma trupe de pastores medíocres espalhada por aí. 

Ortossexualidade - Divórcio e novo casamento:
(...) O assunto é bem mais amplo! Devemos começar lá no Éden como o próprio Cristo nos mostrou. Mas não é na simples citação de “por isso deixará o homem seus pais e se unirá a sua mulher”, mas na definição da figura mental de Cristo ao afirmar que é o homem.

A Igreja II – A missão
Mesmo o mais fiel cristão tem sua espiritualidade abalada pelo declínio espiritual da congregação em que está inserido. Tal caso, só não é mais sério (embora mais próximo de qualquer um de nós) do que a frieza e leviandade geradas pelo afastamento completo da comunhão local. 

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Uma boa pergunta!

Por que é muito mais fácil ser fariseu do que ser discípulo? Porque quase sempre preferimos nos apoderar de certas permissões como se elas fossem a regra número um.
          Um bom exemplo disso é a retaliação. Se sofremos graves danos morais, não há problema algum em reivindicarmos nossos direitos, e que a justiça seja cumprida contra quem nos ofendeu. Isso é legítimo, sim, por ser uma forma de refrear os abusos; e é por isso mesmo que o próprio Deus concede tais permissões sob determinadas circunstâncias. Só que não é esse o IDEAL. Pecamos quando nos aproveitamos das concessões e esquecemos do ideal. E o ideal, nesse caso, é aquilo que Jesus disse no Sermão do Monte: andar uma milha a mais; largar a capa; e dar a outra face. Os fariseus da época de sua época não enxergaram isso, e a maioria de nós hoje, mesmo que cristãos, parece que não enxerga também. À menor das injúrias, apelamos logo para César, esquecendo justamente de que, por amor a Cristo, "somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro" (Rm 8.36). Visto que o farisaísmo é muito mais sutil do que pensamos, devemos rogar a Deus que a cada dia nos livre dessa terrível indolência, e que de fato sejamos o sal dessa terra e a luz desse mundo.

Leonardo Galdino

quinta-feira, 26 de maio de 2011

DAS LEIS ESPECIAIS E DA JUSTIÇA

Por Luciana Braga Seixas Soares de Almeida

Toda lei especial fomenta uma situação de exceção. A lei que gera ou sustenta uma situação de exceção é, no seu nascedouro, injusta por si só. Essa “injustiça” da lei especial só deixa de existir quando o grupo de pessoas especialmente protegido, por sua natureza, evidencia algum tipo de vulnerabilidade física ou mental. Garantir a integridade física e psicológica de um grupo de pessoas por sua opinião, condição social, condição econômica, idade e sexo já é uma realidade na Constituição, todos somos iguais perante a lei e a nós todos são garantidos os direitos enumerados no artigo 5º. Verdade é que há o descumprimento dessas normas, daí, portanto, a sanção prevista aos que violam esses preceitos, somos, então, iguais no exercício do direito e no sofrer da punição.  Sendo que a própria Constituição prevê que para determinadas especificidades existe a necessidade de um detalhamento maior da proteção em razão da vulnerabilidade da pessoa pertencente a determinado grupo, como se dá no caso dos idosos, das mulheres em relação aos seus companheiros e das crianças e adolescentes.

O caso do PL 122 nos deixa margem para uma série de dúvidas sobre o Estado Democrático de Direito, pois a questão da homossexualidade é uma questão de opinião, e não de vulnerabilidade, e proteger uma determinada opinião em detrimento de outras não pode ser função do Estado, nem da lei pois, incorremos no risco de assumir que o Estado zela por uma opinião e não zela pelas outras que não estejam protegidas na lei especial. Todos somos iguais, repito, e isso já está disposto na Constituição, nossas garantias e deveres são os mesmos, sendo homossexuais ou heterossexuais. As opiniões são e devem ser expostas em textos, artigos, murais, cartazes, ou qualquer forma de comunicação sem juízo de valor por parte de quem expõe a opinião. Há a impressão de que querem convencer a todos que ser homossexual é o certo e o comportamento heterossexual é errado e ultrapassado. A opinião de muitos heterossexuais em relação às práticas homossexuais diz respeito à religião e essa opinião também pode ser divulgada ou difundida, sem juízo de valor ou qualquer tipo de punição para os que a compartilham. A lei não pode privilegiar a opinião homossexual e rechaçar a opinião heterossexual, isso é injustiça. É preocupante, pois criar leis injustas é o primeiro passo para o fim da democracia e do direito.

Se assim continuarmos procedendo, o Congresso Nacional terá que passar o tempo todo criando leis para proteger a opinião dos grafiteiros, a opinião dos góticos, a opinião dos espíritas, dos evangélicos, dos budistas, dos hinduístas, dos islamitas, dos católicos romanos, dos católicos ortodoxos, dos católicos carismáticos, pois cada um desses grupos possui opiniões conflitantes sobre várias práticas sociais e são mutuamente criticados por terem essas opiniões; entretanto, não se acha vulnerabilidade em um grupo mais do que em outro, todos esses grupos estão sujeitos a efeitos semelhantes.
Não precisamos de leis especiais que protejam opiniões, precisamos de educação para aprendermos a ouvir e respeitar a opinião diferente tendo a liberdade de expor uma opinião conflitante. Precisamos entender que pessoas com opiniões diferentes convivem e compartilham do mesmo chão e do mesmo sol. Ter determinada opinião não faz ninguém ser melhor do que ninguém.

Considero a prática homossexual errada porque minhas opiniões estão pautadas na Bíblia e a Bíblia ensina que a prática homossexual é errada. Tenho direito de acreditar na Bíblia e declarar essa crença. Ninguém precisa proteger minha opinião, mas precisa proteger o direito que eu tenho de possuir e expor essa opinião.


Toda Lei Especial fomenta uma situação de exceção. Ao pensarmos no PL 122 podemos antever alguns prognósticos que podem deflagrar problemas. Itens legais de proteção à integridade física e psicológica do indivíduo já existem e são enumerados na Constituição Federal.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

A luta continua companheiro!

Esperar (e pressionar para...) que um Estado que em suas leis não reconhece a Bíblia (se submetendo a ela) como única autoridade verdadeira, viva de acordo com os preceitos divinos revelados na própria Bíblia – que esse Estado ignora – é uma infantilidade impertinente. Entretanto uma sociedade (ou parte dela, mesmo que pequena) que reconhece a Bíblia como essa autoridade máxima, jamais pode aceitar que esse Estado (que ignora a Bíblia) afronte diretamente a Bíblia, pois ao fazer isso esse Estado estará usurpando o papel da sociedade e sendo senhor desta ao invés de mordomo.

Não é uma questão de instalar uma Teocracia, afinal não temos uma orientação Bíblica para tal, mas sendo um segmento social e tendo os nossos direitos, simplesmente devemos exercê-los. Afinal se não tivéssemos liberdade religiosa desobedeceríamos às autoridades civis e nos manteríamos (eu imagino) fieis a Cristo e sua Palavra. Ora, tanto mais agora que temos (talvez por enquanto) o direito à nossa fé, falemos, protestemos, faça-se ouvir a nossa voz. 

Entretanto quero advertir que a única forma correta e eficaz de lutar contra isso, não é fazendo greves-gerais, paralisações ou piquetes, nem mesmo elegendo um número maior de parlamentares evangélicos.  Preguemos a Palavra a tempo e fora de tempo, e ainda com mais força nas nossas atitudes e relacionamentos. Sejamos melhores pais, melhores maridos, melhores filhos e estudantes, melhores patrões e empregados, sejamos verdadeiros servos de Cristo no trânsito, no estádio de futebol, no cinema ou na rua em que moramos. E assim nós amontoaremos brasas vivas sobre aqueles que nos veem, e as portas do infernos não nos resistirão. 

segunda-feira, 9 de maio de 2011

STF: A batalha que não perdemos

O simples fato do STF julgar um litígio de temática homossexual demonstra o fracasso da Igreja em ser voz ativa na sociedade. Não perdemos uma batalha semana passada, apenas colhemos os frutos da nossa ineficiência. Nós perdemos quando abrimos mão da exclusividade da Bíblia nas pregações; perdemos quando optamos por mais tempo para as músicas no culto do que para o sermão; perdemos quando colocamos o púlpito de lado e preferimos ouvia as palavras lamuriosas dos “levitas” modernos; quando o voz bonita e a melodia bem tocada sobrepujaram o compromisso espiritual; quando manter a forma se tornou mais importante do que mantermo-nos na Verdade; perdemos quando a Teologia passou a ser menos importante que a rima e a poesia.

Perdemos essa batalha quando dos pastores só foi exigido um terno e uma gravata. Quando nos foi permitido dar uma opinião; quando fomos considerados “gente boa” ; quando de mãos dadas celebramos a igualdade na diversidade; quando as atitudes erradas, corrupções e mentiras foram encobertas para a preservação do bom nome de Deus (ou apenas da Instituição Sagrada).

Nós perdemos essa batalha, quando nossos filhos não foram corrigidos por serem filhos dos lideres das igrejas; quando a disciplina foi substituída pelo perdão cego; quando o dinheiro comprou nossa tolerância e o dízimo abençoou mais que obediência; quando escolhemos nossos lideres pelo números de diplomas, pelo carro em que andam, pelas roupas que vestem ou pelo cargo que ocupam.

Enfim perdemos essa batalha há muito tempo, provavelmente há tanto tempo que nem eu nem você ainda tínhamos nascido, mas isso não nos isenta. Tivemos a vida inteira para mudar esse quadro, mas preferimos deixar a coisa toda como estava: estavamos crescendo, nos tornando importante – temos prefeitos, deputados, senadores... já somos 10% da população brasileira! – é, na verdade somos tão culpados como os de outrora, afinal ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

É impossível, ao homem carnal, acreditar no Evangelho.

Um trecho lido por Paul Washer em uma de suas mensagens que pode ser assistida clicando aqui. O trecho postado chegou as minhas mãos através do irmão Francisco Neto, que tem colaborado, ainda que timidamente, com os trabalhos desse blog. 

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Páscoa: Atraso proposital

Resolvi publicar um pequeno pensamento sobre a Páscoa, propositalmente posto hoje para fugir do comum.

Não pesa sobre a páscoa (digo mesmo dessa festa cristã[1]) os mesmos problemas que o Natal[2]. A data está certa (em termos – afinal usa-se para marcá-la o calendário lunar); o acontecimento é historicamente correto (mesmo para os que não crêem em Jesus como Senhor e Salvador), ou seja, é uma rememoração anual da libertação do povo hebreu da escravidão egípcia (e está, com certeza, na história do mundo pelo menos há 3500 anos) e mais, a crucificação (evento central da sobreposição cristã ao rito judaico) era uma maneira real dos romanos aplicarem a pena capital.

sábado, 16 de abril de 2011

O 'meu' Cristianismo - MCRA 2

Continuação do artigo O 'meu' Calvinismo - revisto, acrescentado e atualizado, parte 1
Cristão nos dicionários é o adepto da religião cristã, o que segue (ou tenta seguir) os ensinamentos de Jesus, e lhe confere o título de Cristo (iluminado, ou ungido), enfim, aquele que pratica o cristianismo. Sabe-se, entretanto, que existe um matiz intangenciável de cristianismo – eu diria surreal até – claro que qualquer doutrina (milenar) que se propõem a orientar todo o espectro da vida humana, sua relações cosmológicas, existenciais, materiais, psicológicas e etc. e arquitetar um significado para a realidade – enfim construir uma cosmovisão – é, por conseqüência[1], imensurável (ou intangenciável) seja pelo viés sociológico, psicológico, histórico, antropológico ou mesmo teológico. E somando o fato de que se trata de religião, e esse termo, por sua vez, é de uma indefinição latente[2]! – não tenho a pretensão de ser definitivo sobre essa assertiva. Assim, continuando a delinear o ‘meu’ calvinismo, volto-me a escrever sobre a sentença primária, a saber, o termo Cristão.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Meu desespero?

Toda palavra é estúpida se não for da Palavra
Toda verdade é mentira se não vem da Verdade
Toda liberdade é falsa se não da mão do Libertador
Toda justiça é imunda se não feita pelo Justo

Tudo que sou é efêmero, se não sou dEle
Tudo que faço é nada se não for para Ele
Eu sei o que sou, e sei quem me enviou
Aquele que me formou, me escolheu

É nos trilhos de Sua vontade que encontro sentido
Na Sua direção eu tenho abrigo
No Seu esconderijo eu tenho vida
Em Sua vida eu tenho paz

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Razão, Fé e o André - Um pensamento rápido!


Meu velho pai sempre me diz: “Você tem que andar com gente melhor que você, senão você não cresce... Se você perceber que no grupo onde você está, você é o melhor, é bom procurar outro grupo.”
Que conversas com o André Venâncio são boas ninguém pode duvidar... Outro dia trocamos e-mails e ele, meio sem querer, usou um termo que eu ainda não conhecia para descrever uma realidade do Divino: Suprarracional. E vejam só: ele acabou por me dar o termo certo para a fé racional e a razão que crê  - intellige ut credas, crede ut intelligas (Santo Agostinho)*.
Nós, os cristãos, não somos meros racionalistas. Algo em nós é restaurado, e por isso passamos a ser suprarracionais. E na medida que conhecemos mais Aquele que é o Autor da nossa fé, mais e mais suprarracionais nos tornamos. De fato é isso que significam passagens como Rm 10;17: “...a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” ou ideias como de culto racional (Rm 12;1).

É nessa possibilidade de acordar para uma mundo maior que o mandato de Jesus em Mt 28;18-20 se baseia. Isto é, na real possibilidade de que, ao conhecer a verdade, algo em nós seja liberto, sarado, vivificado. É literalmente como um cego de nascença que começa a enxergar, o morto que revive. Não é mera coincidência João apresentar Cristo no primeiro capítulo de seu Evangelho como a figura que traz a luz aos homens, ou mesmo usar o termo “Logos”, que abarca em si um intricado conceito filosófico, metafísico e religioso.

Não é por outro motivo que Paulo fala de loucura da pregação e se expressa como quem foge da erudição humana e ao mesmo tempo usa corajosamente técnicas discursivas, discursos exaltados e linguajar poético. Não é por outra razão que um pescador tosco, um bruto, é capaz de produzir uma preleção profunda, cativante e transformadora como na fala de Pedro em Jerusalém, narrada por Lucas em Atos 2. Não é por outro motivo que o curso do mundo foi profundamente alterado por um grupo de doze homens palestinos. Não é por outra razão que em parte conhecemos e em parte profetizamos.

Enfim, para aqueles que acham que razão e fé estão irreconciliavelmente distantes, nada posso dizer além de que suas falas são tolas. Afinal, se eles não tem fé, como podem ter certeza que essa afirmação é racional mesmo? Para os que pensam que o local onde se vive a fé é na razão, quero lembrar que isso só é verdade quando a razão humana é vencida pelo poder de Deus que é loucura para o homem sem salvação. Então não te estribes no teu próprio entendimento, confia o teu caminho ao Senhor pois o temor a Deus é o princípio da sabedoria.
__________________
* Valeu Bob.!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

O “Jesus Histórico”?

Segundo o liberalismo teológico, o Jesus das Escrituras é como que um retrato falado, desenhado por alguém que tem as mãos atrofiadas a partir dos escritos feito por um mudo das história contada a ele por um surdo que baseou sua afirmações nas percepções de um cego acerca da vida de um homem comum no barulho das multidões na palestina do séc.I.

Por causa disso então, estes se propoem a multilar esse "desenho" e atribuir a não mais que um poucos pedaços (das Escrituras) o status de verdade sobre esse homem. Algo semelhante a 'brilhante' afirmação abaixo, que bem podia ser acerca de Elvis Presley, Jonh Lennon, ou mesmo Abraham Licon:
"Esse 'Jesus residual' contava histórias, emitiu uma série de ditos sábios, foi executado em circunstâncias pouco claras e passou a ser, depois, celebrado em cerimônia por seus seguidores." (pesquisador Paul Johnson, autor de A História do Cristianismo)
Só que as Sagradas Escrituras nos diz que as mãos atrofiadas foram curadas (Mc 3:5); que a mudez rompeu-se em anúncio e proclamação dessa verdade (Lc 11:14); a surdez foi vencida e claramente a voz da Salvação se fez ouvir (Mc 7:35); e que o cego de nascença (Jo 9:32) ou o que vivia a pedir esmolas nas ruas de Jericó teve sua visão miraculosamente restaurada (Lc 18:35) por um palestino, um tal Jesus que dizia ser Deus (Jo 10:30), afirmava ser o Cristo Mt 11:1 a 5), e foi anúnicado com o Rei do reis (1 Tm 6:15)!

terça-feira, 5 de abril de 2011

Carta aberta a Marco Feliciano

Reproduzo abaixo o texto escrito pelo rev. Helder Nozima. 

Prezado Deputado Marco Feliciano,

É com grande preocupação que nós, cristãos comprometidos com o Evangelho de Cristo Jesus e os valores da Reforma Protestante, vemos as suas declarações referentes aos negros africanos e o homossexualismo. Ao se definir como pastor evangélico, o senhor assumiu o compromisso de defender as verdades do Evangelho, conforme ensinado por Cristo Jesus e seus apóstolos, no Novo Testamento. No entanto, seus pontos de vista não condizem com a Verdade que o senhor afirma defender.

Nós, cristãos juntos pelo Evangelho, repudiamos qualquer ensino que associe a maldição lançada a Canaã com o povo africano. Em Gênesis 9:24-27, vemos que a maldição é lançada apenas sobre Canaã, e não sobre os demais filhos de Cam e que ela consistiria na servidão aos filhos de Sem e de Jafé, o que acontece quando o povo de Israel conquista as cidades cananeias por meio de Josué. A exegese de Gênesis 10:16-19 mostra que os cananeus habitaram o Oriente Médio e não a África. Além disso, a leitura do Antigo e do Novo Testamento mostra que os cananeus se misturaram com os judeus e que o próprio Senhor Jesus Cristo é descendente da cananeia Raabe (Mateus 1:5).

Nós, cristãos juntos pelo Evangelho, repudiamos a sua declaração de que "A podridão dos sentimentos dos homoafetivos levam (sic) ao ódio, ao crime, à rejeição". Ao contrário, reafirmamos o ensino da depravação total, ensinado por Paulo em Romanos 3:9-18, que mostra que todos os homens, independente de sua opção ou comportamento sexual, são injustos, inúteis, cheios de amargura e prontos a fazer o mal, andando em caminhos de destruição e miséria. Não são os sentimentos homoafetivos, mas sim a nossa morte espiritual e amor pelo pecado (Efésios 2:1-3) que nos tornam praticantes do ódio, do crime e da rejeição.

Nós, cristãos juntos pelo Evangelho, reafirmamos ao senhor e à sociedade que o ensino bíblico é o de que todos os homens, independente de seu povo, etnia, comportamento sexual ou classe social, estão todos, sem distinção, debaixo da ira de Deus porque todos nós pecamos (Romanos 3:23), sendo por isso, dignos de morte (Romanos 6:23). E é com uma ênfase ainda maior que nos lembramos de que Cristo Jesus se fez maldito no lugar de todo ser humano que, independente de seu povo, etnia, comportamento sexual ou classe social (Gálatas 3:13), se volta para Ele, arrepende-se de seus pecados, crê em Sua ressurreição, confessa a Sua divindade e invoca o Seu nome (Romanos 10:9-12). Esse é o verdadeiro Evangelho!

Não aceitaremos mais que a mais bela verdade já ensinada aos homens seja manchada e distorcida publicamente por quem deveria defendê-la. E, por isso, protestamos contra seus posicionamentos e o exortamos, em nome de Jesus Cristo, a arrepender-se deste pecado.


Cristãos Juntos Pelo Evangelho
____________________________

CARTA ABERTA A MARCO FELICIANO: Publique em seu blog, no Facebook, no Twitter...vamos defender o Evangelho!

terça-feira, 29 de março de 2011

Paradoxos da minha fé

“Estou seguindo a Jesus Cristo... mas é ele quem me persegue”
“Sou livre nas garras da Graça”
“Já... e ainda não”
"O mundo jaz no maligno, mas Deus é o Senhor"
"Quem tenta ganhar a vida a perde, mas quem a 'perder' a encontrará"
"O Autor da Vida morreu na Cruz"
 "Eu morri! Agora vivo"
"Livre sou para ser escravo"
"Cresço na fé e me torno como uma criança"
"Sou filho do dono de tudo, mas nada desse mundo é meu"
"Vivo aqui, mas não sou daqui"
"Meu heroi morreu... e é exatamente por isso que ele é o Vencedor"
"Somos como ovelhas, mas somos mais que vencedores"
"Simples como as pombas, sagaz como as serpentes"
"Hoje eu sou santo, embora ainda seja um depravado!"
 "Quando sou fraco então sou forte"

quinta-feira, 24 de março de 2011

Se...

Se encontrasse um guerreiro todo-poderoso, eu o seguiria por temor
Se fosse o mais sábio dos sábios, eu o seguiria por admiração
Se fosse um engenheiro, que a tudo mantém em perfeito funcionamento
Ele seguiria sem nem mesmo um questionamento

Se descobrisse um rei, dono de tudo, a ele eu seria obediente
Se fosse um verdadeiro santo, perto dele estaria silente
Se descobrisse um abrigo seguro, impenetrável, nele eu me esconderia, e
Se achasse um reino de paz, amor e igualdade, ali feliz viveria

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O 'meu' Calvinismo - revisto, acrescentado e atualizado, parte 1

Há algum tempo, eu publiquei um artigo intitulado, O ‘meu’ calvinismo. Longe de ser uma definição exaustiva e completa das minhas crenças, ali expus, quase como que um sumário, 8 parágrafos, sentenças simples, aforismos meus sobre alguns pontos da minha fé. O intento inicial era de expor a mim mesmo, de forma ordenada, as minhas convicções, acrescentando (ou contestando), corrigindo e explicando cada tese na medida que eu julgasse necessário. Em termo geral nele me declarei sendo um cristão calvinista, infralapariano, missiologico, contemporâneo, não-carismático, não-litúrgico, amilenista e criacionista.


Ocorre que lendo (e relendo), me veio a idéia de acrescentar ou, melhor explicar, algumas dessas definições. Assim, vem a primeira das (muitas) alterações (ou interações – risos) ao artigo, mas sinto muito – na verdade não! – desapontar alguns de meus amigos (principalmente no que tange o lapsarianismo) provavelmente, ao longo dessas interações, eu devo fortalecer algumas de minhas posições.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Os Salmos Imprecatórios

O Luciano, um amigo que tem sempre comentado aqui, fez uma pergunta que eu resolvi responder em forma de outro post, visto que pede uma explanação sobre uma ‘categoria’ de salmos. Assim segue uma pequena e rápida consideração sobre os Salmos Imprecatórios (por exemplo 7, 35, 58, 59, 109, 137). Como a minha idéia é apresentar análises e pastorais baseadas no livro de Salmo, comentários específicos viram mais a frente, por isso tratarei de forma genérica o assunto.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Os Salmos: Arte e Cultura.

Encontrados não só no livro de Salmos, mas em vários livros bíblicos, os salmos estão inseridos num contexto social[1] amplo em que já existia a poesia e as suas leis, de modo que os salmistas canônicos não são os criadores do tipo de poesia (salmo). Esses se apropriaram deles como ferramentas, usando-os na expressão do pensamento, crença e esperança, fazendo dessa arte não só um instrumento de ensino, mas também um ‘artefato’ religioso.

Contrariando a poesia ocidental onde a sonoridade produzida pela rima é apreciada e diligentemente buscada, os salmos, apresentam construção temática ligada ao significado e ao pensamento do autor. Normalmente utilizando de paralelismo a poesia exprime um pensamento em dois versos sucessivos, mudando os termos e a forma, que pode ser quanto ao significado (sinonimico), por contraste (anestético), por complemento (sintético) e por intensificação (climático).

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Leia esse testemunho de Fé

O texto abaixo é da (dolorosa e reverente) experiência de André Venâncio, um amigo, me impactou tanto que quero que você leia. É bem possível que você tenha acesso ao blog dele, e até seja um leitor lá, mas para que você não tenha nenhuma desculpa eu publiquei novamente o texto inteiro e sem alteração aqui. Leia esse texto, leia esse testemunho, leia esse blog (Retratos por escrito), 'ouça' essa experiência, perceba a voz de Deus, Ele quer falar com você.


Dezenove semanas de amor 

"Os mandamentos de Deus são melhor lidos por olhos úmidos de lágrimas."(Spurgeon)

Soubemos da gravidez de minha esposa no começo de outubro, dias depois que um estranho mal-estar, ocorrido durante o culto dominical matutino, nos levou a suspeitar dessa possibilidade. Foram momentos de intensa alegria. Pouco tempo depois, no entanto, a ocorrência de alguns sangramentos ameaçou a nova vida humana que se instalava entre nós. A médica recomendou o repouso absoluto da Norma, o que significava sair da cama só para ir ao banheiro. Além da dedicação necessária ao novo emprego, precisei encarregar-me das compras, dos gatos, das tarefas da cozinha (que foram a pior parte), de levar à cama tudo de que ela precisasse, desde água até cotonetes - de todos os detalhes, enfim. Eu deixava o café da manhã semipronto para ela antes de sair para o trabalho, vinha correndo na hora do almoço com comida comprada em algum lugar para comer com ela e voltar correndo ao trabalho, e sobrou-me um tempo praticamente nulo para qualquer outra coisa. A pesada carga de tarefas que se abateu sobre mim só não foi pior que a total ausência de tarefas de minha esposa, que enfrentou o desafio oposto: sem poder sequer se sentar, restaram-lhe o tédio da quase total imobilidade e, ao menos em parte do tempo, a solidão. Além disso, tivemos de suspender o sexo e abrir mão de algumas noites de sono, no todo ou em parte. Muitas pessoas oraram por nós três em muitos lugares. Tudo isso deu resultado: os sangramentos pararam e a placenta voltou ao normal. A ultrassonografia seguinte nos permitiu respirar aliviados.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Críticas e Elogios

Antes de mais nada: embora este blog seja 'meu', não gosto muito da ideia de publicar aqui coisas pessoais, o intento é exposição da Palavra de Deus. Mas dedilhando algo, há algum tempo, formou-se a confissão que se segue. Não sei, se fará sentido, mas depois de muito fugir, publico a estranha confissão.
______________________

Eu prefiro as críticas que elogios, aprendo bem mais com elas. Mas, que fique claro, gosto de ouvir alguém elogiar aquilo que fiz certo, isso me motiva e me faz sentir bem, sabendo (em termos) que estou no caminho certo. Mas é depois do 'mas' que a coisa fica realmente interessante para mim. É nessa hora que minha atenção se aguça e, como se o mundo parasse, espero a sentença.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Sábia Resposta

A seguinte carta foi transcrita de um esboço manuscrito de Charles Hodge, que a escreveu em nome de duas Assembléias Gerais da Igreja Presbiteriana nos Estados Unidos, para explicar por que motivo declinou-se do convite do Papa aos Protestantes para enviarem delegados ao Primeiro Concílio Vaticano de 1869 a 1870.

A Pio IX, Bispo de Roma.

Pela vossa encíclica, datada de 1869, convidais os protestantes a enviarem delegados para o Concílio convocado a reunir-se em Roma durante o mês de dezembro, do corrente ano. Esta carta foi levada ao conhecimento de duas Assembléias Gerais da Igreja Presbiteriana nos Estados Unidos da América. Estas Assembléias representam cerca de cinco mil ministros e um número bem maior de congregações cristãs.

Crendo, como cremos, que é a vontade de Cristo que a Sua Igreja na terra deva ser unida, e reconhecendo que temos o dever de fazer coerentemente tudo que pudermos para promover a caridade e a comunhão crista, julgamos por certo apresentar resumidamente as razões que nos proíbem de participar nas deliberações do Concílio vindouro.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A (Nossa) Igreja do Apocalipse

Pra começo de conversa...         
As Sete Igrejas do Apocalipse. Este tema – como tantos outros relacionados ao Livro de Apocalipse de João – com certeza desperta curiosidade, essa curiosidade nem sempre é seguida de um interesse de estudá-lo profundamente, embora seja um assunto conhecido e até divulgado com freqüência nas igrejas. Em termos gerais as ‘Sete Igrejas’ ou as ‘Igrejas do Apocalipse’ são consideradas como um assunto escatológico, concernente às coisas que ainda vão acontecer, ou ainda, como tipologia de eras da Igreja. As vezes esse tema é aplicado na ‘vida espiritual’[1].
É provável que para todos nós – pelo menos uma vez – já foi feita a pergunta em tom grave, num apelo visceral de uma voz impostada: qual das SETE IGREJAS VOCÊ É!? E a resposta: Filadélfia, Esmirna, sofridas, mas sem defeito; Pérgamo, assolada pelo Diabo; talvez Éfeso operosa, porém esquecida do primeiro amor. Então uma a uma, cada Igreja é dessecada, e suas manias, defeitos, aflições e virtudes são apresentadas, contextualizadas, compreendidas; e, no balaço final, na conclusão, você soma os pontos e descobre qual das ‘Sete Igreja’ você é!

Não estou dizendo que isso está errado, porém entender que cada uma das Sete Igrejas era uma comunidade real, com pessoas reais, vivendo problemas reais muda muito a forma como lemos, interpretamos e aplicamos este ‘tema’ ou trecho na vida prática da Igreja dos nossos dias.