sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Revisões e Inovações

Há um episódio dos X-men para a TV, creio que dos anos 90, em que o Logan ora, se arrepende, confessas seus pecados e agradece a Deus (numa igreja), a paz que Ele o deu, acabando assim com sua raiva, (e se você já assistiu o filme) agora lembre-se do que ele fez no novo filme. Em Star Trek (a série clássica), há um episódio que eles encontram, num determinado planeta, adoradores do Sol, mas no fim se percebe que eles não falavam do sol, o astro que iluminava o dia, mas do Criador do Sol que havia feito tudo e trazia luz aos corações (claras alusão ao texto do VT são feitas nesse e em outros episódios) -- viu alguma menção bíblica nos últimos 3 filme?


Quem acompanha HQ ou outras historias (franquias) no cinema ou em livros, sabe que vez por outra, um recomeço, um nova versão da "narrativa de origem" é contada. Basta lembrar do Homem Aranha, originalmente Peter Parker fora picado por uma aranha radioativa... na versão cinematográfica do anos 2000 era uma aranha geneticamente alterada; Ironman usava energia eletro-atômica para fazer seu traje de metal maleável (transistorizado) funcionar -- bem diferente da armadura e do Reator Arc, atualmente -- vez por outra a 'bateria acabava' no meio da contenda e o herói era obrigado a se livrar de outra forma; A DC Comics viveu um grande problema, "resolvido" pela criação do multiverso e das eras, por causa das muitas versões (incompatíveis) de seus personagens;


Jason Bourne (famosa atuação de Matt Damon) já fora interpretado no anos 1980 por Richard Chamberlai, como um agente secreto mais franzino que tinha a inteligência sutil como sua maior defesa; James Bond, sempre foi um 007 mais sofisticado, menos físico, quase invisível, até a chegada da excelente versão com Daniel Craig; O Hobbit, Senhor do Anéis e até o garoto de Hogwarts tiveram suas narrativas alteradas substancialmente para se encaixar na telona; até a história clássica dos titãs (não a banda, e sim os deuses gregos) teve sua versão cinematográfica de 1981 -- que passa longe da narrativa milenar -- atualizada para um blockbuster de sucesso... assim vai com todas as fábulas modernas ou clássicas.


Sempre me chama atenção esse fato, essas mudanças acabam por nos ensinar que alterações nas narrativas são comuns, normal. Essa CERTEZA moderna de que toda história pode ser mudada ao "gosto de freguês" -- lembrando que a mente esquerdista é profícua em revisionismo histórico para "vender seu peixe", a despeito da verdade -- tem gerado um descrédito tácito às narrativas históricas, 'desconstruindo' verdades há muito estabelecidos e anestesiando-nos para a nova moral.


Aplique isso sobre à Velha História, o Evangelho, a Bíblia (inclusive que é muitas vezes -- pessimamente -- retratada no cinema e na TV) e você perceberá porque, naturalmente, temos enfrentado um desconfiança generalizada do Texto Sagrado, e isso, obviamente, afeta também a credibilidade exposição das histórias bíblicas, muitas delas sendo abertamente 'desmentidas' por pregadores, em busca de ouvidos mais generosos, favoráveis, fugindo assim do compromisso da convicção da Fé.


No fim, admito que temos, no geral, bons entretenimentos, no mais das vezes em suas partes (há momentos realmente ruins e profanos) são coisas boas, e obviamente não proponho um boicote as salas de cinema, ou passeatas contra determinados detalhes mudados e mundanos. Mas lembre-se de Daniel, Hananias, Misael e Azaria; foram alterados aspectos comuns de suas vidas: seus nomes, seus costumes alimentares, com o interesse de que seus conceitos e valores mudassem.


A maioria das artimanhas satânicas são sutis! Se aparecesse um cramunhão, de pé fendido, e com rabo pontiagudo pouca efetividade ele teria em seduzir as nações! Cuidado, pode não parecer, mas estamos em guerra, guerra pela Verdade, e cada passo é sim um movimento de ataque!