sábado, 3 de setembro de 2016

4 simples razões para batizarmos crianças:

1) A obviedade: Parece certo insistir que nos tempos do Novo Testamento, as crianças simplesmente eram batizadas. É bastante plausível que boa parte (se não a maioria) das famílias que aceitavam a nova fé, e por isso se batizavam, tinham crianças que eram também introduzidas no cristianismo pelo batismo. Assim é razoável pensar que quando o Texto Sagrado disse que alguém foi batizado juntamente com toda a sua casa, ali se batizaram crianças também.

2) A antiguidade: É tão possível que nos tempos apostólicos se praticava o batismo infantil que registros dos primeiros séculos do cristianismo tratam disso:
ORIGENES (185 – 254) disse, “A Igreja recebeu dos Apóstolos o costume de administrar o batismo até mesmo para crianças”.
HIPÓLITO (? - 235) afirma “...e si batizarão as crianças em primeiro lugar. Todos os que puderem falar por si mesmos, falarão. Enquanto aos que não podem, seus pais falarão por eles ou alguém de sua família. Se batizará em seguida os homens e finalmente as mulheres...”;
CRISÓSTOMO (347 - 407) “batizamos também as crianças de pouca idade”;
AGOSTINHO (354 – 430) “desde a circuncisão, que era então o sinal da justificação pela fé, tinha valor também para as crianças, pelo mesmo motivo o batismo desde o momento que foi instituído. (com alterações)”
              Interessante o mais antigo registro contra o batismo de infantes parece ser do herege Pelágio no século V.

3) A continuidade
: Se no antigo modo da Aliança, a circuncisão era símbolo do povo de Deus, que devia ser aplicado, sem demora e sem estorvo, a todo o macho (no 8º dia; Lv 12;3), por que agora o batismo nas águas tendo o mesmo sentido, mas ampliado pela largura da Graça em Cristo, deve ser atrasado? Se os filhos dos cristãos, são também parte do povo de Deus, por que negar-lhes o símbolo? Se a promessa é para a família, que faria a fé obediente, além de batizar o infante?

4) A objetividade: Em Mt 28;18 a 20, quando o mestre passa a Grande Comissão, inequivocamente afirma a necessidade do sacramento do batismo. Daí segue-se que devem ser batizados todos os que estão sendo ensinados a obedecer tudo o que Cristo ensinou, sendo feitos assim discípulos (literalmente cumprir o ide...) Se os filhos dos cristãos devem ser ensinados na disciplina do Senhor (Ef 6;4), logo devem ser batizados!

Conclusão: 
O Batismo Cristão não é para a salvação, nem para o perdão de pecados, nem mesmo de arrependimento. Segundo Jesus (Mt 28:19 e 20), o 'batismo, com água, no Nome Tríplice' é marca inicial dos que aderem a Fé Cristã. E para tal, não há referência a quantidade de água e nem a origem ou local dessa água, ou percentual do corpo que deve ser molhado. Bem como não há idade mínima ou máxima para receber o selo (batismo). Nem mesmo a quantidade assimilada dos ensinos de Jesus (poucos ou muitos) é apontada como qualificante! A REGRA dada por Jesus é simples: Feito discípulo, isso é, sendo ensinado a obedecer TUDO o que Cristo mandou, fez e ensinou, este deve receber a marca de iniciação cristã (Batismo nas águas em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo). SIMPLES ASSIM, tenha fé, OBEDEÇA!
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A citação dos ‘Pais da Igreja’ (ponto 2) foi retirada de diversas pesquisas, inclusive via internet, mas confirmada sobre tudo, nas afirmações similares de F. Turretini (Compêndio de Teologia Apologética, 3, XIX, 7, pág. 508,) e de H. Bavinck (Dogmática Reformada, 4, 10, pág. 503).

Um comentário:

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