quinta-feira, 25 de novembro de 2010

2011 chegou e agora para aonde eu vou?

          Findamos novembro e logo entraremos no último mês, e o fim do ano então terá chegado, e como você avalia o seu ano? Temos o costume de refletir em nossas atitudes apenas em datas especiais e aí, constrangidos pelo disparate entre o proposto e o realizado, assumimos outros tantos compromissos e fazemos novos propósitos para o ano que se inicia, pedimos clemência, paciência e afirmamos que agora será diferente.

          Nessa época do ano é comum propor novas metas, refazer os planos, avaliar nossas conquistas, verificar o realizado pelo proposto no ano passado. Alguns têm um saldo bastante positivo, e até criativo. Sozinhos, agora enamorados, solteiros se casaram, alguns casais engravidaram, uns compraram o primeiro carrinho, outros construíram o ninho. É uma época boa, avaliamos um período da nossa vida e pensamos nos seguintes. Tem sempre aquele sonho que esse ano conseguimos realizar, os quilinhos que perdemos, o curso que terminamos, o concurso em que fomos aprovados. E, claro, eu não poderia esquecer de alguns fracassos, insucessos que acompanha uma vida de realizações, “só se molha quem arrisca andar na chuva”.


          Traçar planos ou objetivos é algo bom, buscar uma vida com propósito, uma igreja com propósito, um ministério com propósito, uma família com propósito é algo salutar e imprescindível. Especialmente na virada do ano temos a oportunidade de revermos o ciclo e pensando, agir prudentemente para que no fim de 2011 possamos ter um saldo ainda mais positivo de realizações. Com certeza você já fez alguns planos e para esse ano que chega, você já tenha uma série de compromissos estabelecidos.

          Na faculdade, no seu serviço, ou em sua empresa, você já deve ter participado de algum programa de planejamento anual, se não para este ano, para os anteriores, com certeza. Algumas igreja fazem isso, “venha programar 2011 com Deus”, “lançando os fundamentos no Senhor para 2011”, “projetando 2011 com Jesus” – literalmente, as vezes – faça sua lista e entregue aqui na Igreja que Deus vai te dar.

          É exatamente por isso que eu quero tratar desse assunto, afinal você tem pouco mais de um mês para tentar mudar isso. Eu não sei quais propósitos você assumiu para esse ano, e muito menos qual o grau de realização em sua vida, na verdade acho que essa conta ‘proposto versus realizado’ não mostra quase nada. Eu creio o que a qualidade de seus planos e realizações e não a quantidade deles é que verdadeiramente deve ser perseguido.

          No Salmo 90;12, lemos: “Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio.” O salmista nos chama a refletir sobre a velocidade em que a vida passa. Essa poesia divinamente inspirada, fala da eternidade de Deus e da nossa transitoriedade, de como somos frágeis e inconstantes em comparação com o poder eterno do Criador. Lemos de um pedido submisso a Deus de ajuda para entender quem somos e percebendo isso, aprender a viver de maneira sábia. Esse pedido de auxílio, começa, na verdade, com o reconhecimento das incapacidades e franquezas pessoais frente aos problemas e dilemas da vida.

          Pensando assim gostaria que você aprendesse a contar os seus dias, não simplesmente em números, mas principalmente entendendo o seu momento, analisando e compreendendo quais os valores e princípios em que você crê, observando as reais necessidades e situações em que você está envolvido, compreendendo as nuanças da vida e então de posse dessa reflexão você avaliasse seus planos de vida, seus objetivos para esse ano, e mais que avaliar, acertar o rumo! Ainda há tempo para ter uma vida produtiva, ainda há tempo para fazer o bem, ainda há tempo para corrigir sua rota, ainda há tempo para você ter um saldo positivo. “O tempo não para... mas nós paramos no tempo. Apresa-te a fazer tudo em tempo, para que quando acabar seu tempo, tenha dado tempo para fazer tudo que a tempo você teve tempo de fazer” (pensador contemporâneo).

          Talvez possamos fazer um projeto, para em 2011 o Senhor realizar, mas eu gostaria de observar e analisar junto com vocês um projeto para 2011 que Deus quer que você realize.Deus se dá a conhecer (se revelou); Essa revelação é a Bíblia. Deus ‘escreveu’ a Bíblia para você e para mim. Segundo essa revelação, Deus, eternamente, decretou salvar você e o predestinou, ou seja, programou um caminho para que você seja salvo (Rm 8,29 e 30). É através da Bíblia que nós conhecemos e podemos participar desse maravilhoso plano (Jo 8;32). Ou seja, a Bíblia é útil, ela não é um livro comum ou um livro de histórias fantásticas ou apenas o registro de acontecimentos históricos. Ela é a Palavra de Deus para o povo de Deus (2 Tm 3:16 a 17).

          Nela temos todas as respostas e orientações para uma vida santa. Uma vida de santidade não é aquela que aceticamente ou impassivelmente caminha indiferente à vida cotidiana como se não tocasse ou fosse tocada pelas situações, problemas ou pessoas. Uma vida verdadeiramente santa é aquela que em cada instante tenta de todo o coração (Mc 12,33), se identificar com Cristo, procedendo da mesma maneira que Jesus, o Senhor (Jo 13;13 a 15); refletindo em suas atitudes a vontade de Deus revelada em sua Palavra. Esta vida de santidade é proposta e possibilitada pelo Santo Espírito, quando num comprometimento total, ou seja, num entregar-se a si mesmo (Rm 12;1,2) à autoridade dele, obedecendo os seus mandamentos (Jo 14;21) e vivendo de acordo com a Bíblia Sagrada (Mt 24;35).

          Esse é o projeto de Deus para você neste ano, uma vida santa; vida de obediência ao Senhor. Quer ter um ano de realizações? Bom... isso é muito bom, comece então realizando (tornando real) o seu compromisso com Deus, conhecendo a Palavras e obedecendo os Mandamentos (Sl 111;10). Se assim você proceder você terá um 2011 de sucesso (Mt 6;33), sucesso diante de Deus (Sl 1).

4 comentários:

  1. Esli,

    Muito bom e oportuno o seu texto. Fazer planos é não somente necessário como também gratificante. Torná-los realidade é ainda melhor. No entanto, não há vitória que seja completa sem que Deus esteja à frente, guiando e orientando.

    É preciso que reflitamos em nós, nas nossas ações cotidianas, nas relações com o próximo, o brilho de Cristo.

    Gosto de pensar que, estando com Ele, as aflições, ainda que sobrevenham, serão vencidas. Por isso meus planos e projetos futuros são orientados por Deus, colocando-O à frente das minhas próprias e falhas aspirações. É claro que haverá momentos de desânimo, mas ainda nesses momentos deve remanescer a certeza de que nada virá além das nossas forças, ou que seja superior ao que possamos resistir. Assim diz a Palavra de Deus, e ela não falha.

    Grande abraço!

    Ricardo.

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  2. Valeu Ricardo!!!

    Se nos importássemos mais com o Deus quer de nós seria muito mais felizes.

    Esli Soares

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  3. Olá queridos!
    Concordo com o que o Ricardo falou e confesso que é exatamente assim como me sinto. Sempre tive a convicção de que todos os passos que tenho dado na vida, são obra divina, no sentido de que tenho a certeza de que minha vida está inteiramente entregue nas mãos de Deus, ou seja, eu sempre descansei Nele.
    É claro que em alguns momentos a ansiedade da vida vem à tona, mas passa sempre tão despercebida que nem “percebo”!
    Acredito tanto que os planos são de Deus e não meus que definitivamente não consigo me preocupar por muito tempo! A propósito, acredito tanto que as minhas aspirações são dadas por Deus, que os meus sonhos e desejos vêm Dele (de verdade), que eu realmente não me preocupo, veja um excelente exemplo: para este ano de 2011, Deus me presenteou com um bebê!!! Não é divino!?

    A graça de Jesus jamais me faltará! Amém!

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  4. Esli,

    Eu acho que esse "desejo por um recomeço" que 99% das pessoas tem nas viradas de ano, vem da marca que Deus imprimiu em cada um de nós.

    Um ano que se acaba nos lembra uma "morte". E um ano que se inicia nos lembra uma nova "vida".

    A gente sabe que existe um recomeço; sabe que é possível deixar as coisas ruins pra traz e melhorar, avançar, fazer diferente. Logicamente, isso implica saber que as coisas não estão "bem", só não se sabe "o que", pois se soubesse que estão "bem", não teríamos essa sensação.

    É um "resquicio" da possibilidade de arrependimento, de nascer de novo. De ser diferente, de que "algo está errado". Pelo menos eu creio nisso.

    Sem a revelação de Deus, em Jesus, através da Bíblia, nós nunca saberemos o que é esse "o que".

    Que Deus nos guie;

    Abração hermano!

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