segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Sobre o recente protesto contra a UP Mackenzie

Em protesto ao pronunciamento da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB), publicado desde 2007 no site da Universidade Presbiteriana Mackenzie contra o PL 122/2006 (conhecido como “lei anti-homofobia”), um grupo de ativistas organizou uma manifestação no dia 24 de novembro de 2010, por volta das 18h, em frente à universidade. Com previsão de mais de três mil participantes, o evento contou somente com cerca de 400, que se postaram diante dos portões da instituição, na Rua Itambé. Em seguida, o grupo deslocou-se do Mackenzie para a Avenida Paulista com um número já bastante reduzido, conforme anunciado por diversos veículos de comunicação como a Globo News, a Folha de São Paulo, a CET, o site da UOL e dezenas de outros sites informativos. Na universidade, as aulas transcorreram normalmente.

A oposição da IPB ao projeto de lei se baseia não só no senso comum e em análises jurídicas especializadas (que consideraram o projeto “inconstitucional”), mas sobretudo nos princípios cristãos que norteiam tanto a denominação quanto o Mackenzie. Não há novidade nisso: quando se matriculam na instituição, os alunos assinam o contrato de serviços educacionais, em que há uma cláusula explicando esse caráter confessional. Isso não significa perseguição a quem não subscreve essas bases cristãs, muito pelo contrário: não há registro na história da universidade de casos de discriminação de qualquer tipo, seja contra alunos homossexuais, seja contra alunos que professam outras religiões, ou nenhuma. Todos têm acesso aos mesmos benefícios, como bolsas de estudo.

No entanto, desde o momento em que a publicação do texto da IPB no site do Mackenzie foi “descoberta” pelos ativistas neste ano, a igreja, a universidade e a pessoa de seu Chanceler têm sido duramente atacados e acusados de “homofobia”. Filmados em vídeo, os manifestantes pediam a demissão do Chanceler, cuja foto foi estampada em diversos sites homossexuais acompanhada de palavras de ódio. A virulência que caracterizou essas expressões de indignação, mesmo antes da aprovação do projeto, confirma o quanto é perigoso que a sociedade se veja refém de uma minoria militante, que procura impor seus pontos de vista por meio de pressão e difamação, não admitindo que pessoas, igrejas e organizações cristãs simplesmente afirmem ser a conduta homossexual um pecado.

Para detalhar melhor sua postura bíblica — que se fundamenta no amor, não no separatismo, e prega o respeito a todos —, cristãos que partilham da mesma visão sobre o homossexualismo se uniram para elaborar o manifesto “Universidade Mackenzie: Em Defesa da Liberdade de Expressão Religiosa”. O texto foi reproduzido em cerca de oito mil sites cristãos e conservadores, recebendo mais de 36mil citações na internet. Traduzido para idiomas como alemão, espanhol, francês, holandês e inglês, foi postado em sites de diversos países estrangeiros, como Estados Unidos, França, Alemanha e Portugal. Centenas de manifestações de solidariedade à postura do Mackenzie foram veiculadas em diversos meios, inclusive no conhecido blog de Reinaldo Azevedo (articulista da revista Veja), um dos comentaristas políticos mais lidos e respeitados do país. Respondendo às acusações de “homofobia” com argumentos sólidos e bíblicos, os cristãos creem que sua postura contribuiu para que a manifestação de repúdio ao documento da IPB tenha recebido tão pouca adesão do público.

Nós, cristãos, estamos alegres e gratos por todo o apoio recebido e pelas orações do povo de Deus em favor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e de seu Chanceler, o Rev. Augustus Nicodemus Gomes Lopes. Instamos o povo de Deus a que se una também em súplicas e intercessões para que o Deus todo-poderoso derrame seu Espírito Santo sobre a igreja evangélica neste país. Necessitamos com urgência de um avivamento, de forma que o Cristo crucificado seja exaltado, os crentes sejam santificados, a Escritura Sagrada seja pregada com liberdade, pecadores se convertam e nosso país seja transformado, para a glória do Deus trino da graça.

Este pronunciamento é uma criação coletiva com vistas a representar o pensamento cristão brasileiro. 
Para ampla divulgação.

4 comentários:

  1. Ao Esli,
    O que achou do Helder chamar de fariseus os blogs que entendem que uma lei poderia ser promulgada contra o homossexualismo?

    Eu vi seu comentário lá dando algum tipo de apoio ao que ele escreveu, respondi, e não quero tocar mais nesse assunto com ele.
    Mas pelo jeito ele quer polêmica chamando outros de fariseus...
    Luciano
    mcapologetico.blogspot.com

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  2. Caro Luciano, o Esli pediu para eu postar o comentário dele. Segue abaixo:

    Luciano,

    Tendo visto que os desdobramentos desse caso tem sido grandes opto pelo direito de não me posicionar, mas como já me posicionei a favor do primeiro texto do Helder, em um comentário no segundo postado do 5 Calvinista. É necessário esclarecer que o apoio no que tange sua interpretação que mais importante que condenar, é perdoar... e que em nome do amor cristão devemos oferecer a outra face, isso é (no caso presente), aos ativistas que protestaram na porta do Mackenzie, de mim terão o desprezo como movimento, e o respeito como pessoas.

    Assim assumo aqui o compromisso de tratar dessa questão (homosexualida e o cristão) de maneira mais elabora, por isso peço tempo, e mas não posso deixar de sinalizar que como a coisa andou perto da estupidez, o Helder acabou por agir com vc exatamente da forma que vcs agiram com caso dos ativistas gays, sendo assim o máximo que terá é que vcs todos estão errados, no que me entristeço muito.

    Em Cristo,
    Esli Soares

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  3. É um absurdo os homossexuais tentarem impor a opinião deles. Eu tenho o direito de considerar o homossexualismo uma coisa errada, afinal o meu pensamento é livre e tenho direito de dizer o que penso, pois tenho liberdade de expressão. Claro que isso não me dá o direito de agredir a ninguém, seja ele a favor ou contra a minha posição.
    Acho que leis que beneficiam uma minoria, prejudicando outros não deveriam ser permitidas.
    Graça e paz!!!

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  4. Gladstonier, obrigado pela visita, volte sempre.

    O caso é por aí mesmo, a PLC 122 acaba sendo discriminatórias e ferindo os direitos dos cidadãos, os ativistas gays (bem como os outros ativistas) acabam desrespeitando a lei para pedir o cumprimento de outra lei (e aqui falamos apenas um projeto de lei – coisa ainda mais ridicula), ou seja, alem de ilegal, tal comportamento, é imoral e antiético.

    ‘Meu problema’ com o homossexualismo (como tantos outros) não é porque acho um comportamento ruim, ou porque me ofende, ou coisa do gênero – com isso quero dizer – não é uma opinião pessoal, ou um sentimento, nem mesmo porque eu sou conservador e moralista , o fato é: eu tenho uma obrigação moral diante de Deus de pregar (anunciar) que isso (homossexulidade) é abominação, e que os homens são passiveis de condenação eterna por isso (bem como por diversos outros pecados)!

    Assim antes de reclamar do direito à liberdade de expressão ser ferido (e ele o é, com PLs como a 122) pedindo direitos iguais, vou obedientemente anunciar aquilo que o meu Deus me manda anunciar sendo ou não amparado por leis civis.

    Em Cristo o Senhor
    Esli Soares

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