terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Quero Cantar

por Nádia Braga


Um dos aspectos da minha personalidade é que gosto muito de música. Desde muito nova já participava do coralzinho da Igreja. Com o passar do tempo, participei do coral adulto, entrei na equipe de louvor e sempre estive envolvida com música. E é assim que tenho trabalhado para o Reino, cantando e cantando. É notória a influencia que a música exerce sobre as pessoas. É uma força muito grande. Existem vários estudos realizados por cientistas, que demonstram que a música beneficia as pessoas, pois traz refrigério, traz alegria, traz conforto, traz diversão e tudo isso nos coloca em um estado melhor física e espiritualmente falando. Acredita-se que essa força é capaz de acabar com dores, reduzir o estresse e aumentar a capacidade cerebral das pessoas.

Como sou uma pessoa que leva a sério a música, e principalmente e acima de tudo, o Evangelho, me preocupa o rumo que as coisas estão tomando. O meu gosto é bem apurado, diga-se de passagem. Por que? Não sou do tipo que gosta de qualquer coisa, o chamado ‘gosto eclético’. E não é porque eu goste só de música gospel não, porque também gosto de música secular. Mas é porque hoje em dia a música gospel (evangélica), não é considerada sinônimo de qualidade (em termos literais mesmo).


Em se tratando de musicalidade, algumas canções são péssimas mesmo: ritmo, métrica, prosódia e pior (e mais comum) vocais. Outras, são péssimas na letra, na mensagem, na essência o que eu considero mais grave, a isto se soma, infelizmente, muitas heresias – principalmente nas músicas mais cantadas nas Igrejas – e isso é perigoso. Mas acho que este aspecto em especial pode ser tema para outras discussões. Uma coisa eu sei. Se temos que nos preocupar com o que pensamos, e com o que fazemos, à luz da Palavra de Deus – nossa regra de fé e prática – e neste quesito a música (salmos, hinos e cânticos espirituais, Ef 5;19 e 20) também deve ser incluída temos igualmente que nos preocupar com o que cantamos e ouvimos, partindo, sempre, do ponto de vista bíblico com relação ao louvor a Deus – encontramos muitas referências a essa atividade na Bíblia. E pra mim, a maior razão da existência positiva da música para quem a escuta é o que está na Bíblia. A música, criada por Deus, é para ser utilizada em louvor a Ele.

Lendo o Antigo Testamento, por exemplo, vemos o quanto o povo de Deus esteve envolvido com louvores, com música, com instrumentos sonoros e retumbantes. As muralhas de Jericó foram ao chão pelo toque das trombetas. Música! (Js 6). Outro registro que conhecemos é o Salmo 150, que termina chamando a todo aquele que respira a louvar ao Senhor: Tudo o que tem vida louve o SENHOR! Aleluia! (v.6). Os anjos louvam ao Senhor! Um exemplo muito conhecido disso é o da visão de Isaías (cap. 6) E proclamavam uns aos outros: “Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos, a terra inteira está cheia da sua glória. Os Levitas, responsáveis – dentre outras coisas – pela música no Templo, para louvor ao Senhor, se utilizavam de todo o tipo de instrumentos fabricados pelo Rei Davi, além das suas vozes (que imagino lindíssimas) e cantavam: “O seu amor dura para sempre” (2 Cr 7;6). Em momento anterior, quando os israelitas levavam a Arca da Aliança para Jerusalém, Davi e todos os israelitas iam cantando e dançando perante o Senhor, ao som de todo tipo de instrumentos de pinho: harpas, liras, tamborins, chocalhos e címbalos (2 Sm 6;5).

E no Novo Testamento, no momento mais sublime para a humanidade, no nascimento de Jesus, então, quando a Bíblia nos conta que os anjos louvando a Deus, pelo advento do Messias: “De repente, uma grande multidão do exército celestial apareceu com o anjo, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens aos quais ele concede o seu favor” (Lc 2;13 e 14). Na ocasião da prisão de Paulo e Silas: “Depois de serem severamente açoitados, foram lançados na prisão. O carcereiro recebeu instrução para vigiá-los com cuidado. Tendo recebido tais ordens, ele os lançou no cárcere interior e lhes prendeu os pés no tronco. Por volta da meia-noite, Paulo e Silas estavam orando e cantando hinos a Deus; os outros presos os ouviam. De repente, houve um terremoto tão violento que os alicerces da prisão foram abalados. Imediatamente todas as portas se abriram, e as correntes de todos se soltaram” (At 16; 23 a 25).

Diante dessas afirmações, gostaria de falar a respeito dessa música em especial.

Nesta que é uma das minhas músicas prediletas (e olha que são muitas!), vejo na essência do autor, qual o nível de relacionamento que ele tem com Deus. Quando ouço esta canção, sinto uma alegria imensa em perceber que definitivamente, fomos criados para dar louvores ao Trino Deus! Não existe outra explicação. Aleluia! Louve, ó minha alma o SENHOR. Louvarei o SENHOR por toda a minha vida; cantarei louvores ao meu Deus enquanto eu viver (Sl. 146:1 e 2).

O Grupo Logos, com suas canções magníficas, profundas, bíblicas, nos passa tanta verdade, tanto amor, tanta paz através das suas composições, que não há como não se envolver, não se sensibilizar pela arte, pela voz, pelo som. A mensagem, então, é clara, é profunda, é verdadeira e é eficaz. Fala da nossa gratidão como criaturas, por termos sido criados para exaltar o nome do Pai Eterno, que do grande inferno já nos resgatou! Por isso concordo plenamente com a mensagem. E convido a você, caro leitor a cantar enquanto fôlego houver. Que ao ver, creia e que ao crer veja. Pois a esse Deus: Trino, Eterno é que devemos adorar, dando louvores e dando graças pelas muitas dores, pela terrível cruz e pelo perdão perfeito. Aleluia!

Quero Cantar (Grupo Logos)

Nasce no meu peito a vontade imensa
De cantar louvores ao Trino Deus
E exaltar o nome do meu Pai eterno
Que do grande inferno já me resgatou.

E sem detimento, nem por um momento
Posso esquecer-me da terrível cruz
E das muitas dores, do perdão perfeito
Das profundas marcas do amor de Jesus.

QUERO CANTAR ENQUANTO FÔLEGO HOUVER
QUERO MOSTRAR QUE A RAZÃO ESTÁ NA FÉ
E OS QUE PUDEREM VER, SEI QUE VERÃO.
E OS QUE PUDEREM CRER, SEI QUE CRERÃO.

Habita comigo como um outro amigo
Nessa vida toda jamais conseguiu
Guia os meus passos, ergue-me em fracassos
Oh! Divino Espírito, eu quero te adorar

2 comentários:

  1. não ouso duvidar da importância da música par a igreja e sua eternidade em nossa relação com Ele.

    mas questiono, se não há sua supervalorização. Se Deus tanto querer tivesse para música em nosso ministério não teria preservado as melodias dos salmos?
    A ausência de mandamentos do Altíssimo nos textos NT é outro fator que dá a música um lugar menos exaltado que o atribuído por muitos.
    o Texto diz: "prega a Palavra", poderia o Santo ter usado outro texto que apoiasse a apologia à música.

    Em Cristo.

    ResponderExcluir
  2. Caro Paulo,
    Não vejo desta forma a relação que você fez com Salmos e melodias dos Salmos.
    Deus nos capacita a criar e adequar melodias ao contexto de cada região e/ou cultura.
    Por exemplo: As letras do grupo Logos são ótimas, mas não suporto as melodias deles (podem me chamar de louco).
    Então, que bom que temos regras musicais engessadas e por isso podemos diversificar as melodias.

    Quanto a "pregar a Palavra", vejo a música como um instrumento muito potente para pregar, porém com enfoque na letra e no contexto de uma pregação (no caso dos cultos) com o único objetivo de exaltar o Nome dEle.

    Concluindo, creio que basta usar o bom senso na hora de utilizar a Palavra cantada e a Palavra Escrita, mas vejo apenas como formas diferentes de anunciar a mesma coisa, que é a palavra de Deus.

    Um Grande abraço

    Rafael

    ResponderExcluir

É sua vez de dizer alguma coisa! Será bom te ouvir (ou ler), mas lembre-se da boa educação.